V Simpósio Nacional de Ensino e História de Ciências da Terra
OFICINA: JOGOS NO ENSINO DE GEOCIÊNCIAS
WORKSHOP: GAMES IN THE TEACHING OF GEOSCIENCES
Thiara V. Breda, Jefferson de L. Picanço
Instituto de Geociências, Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino, Universidade Estadual de Campinas
R. João Pandiá Calógeras, 51 CEP: 13083-870 , Campinas/SP
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AbstractThis workshop brings gaming proposals for the teaching o of Earth Sciences / Geography, made with attractive dynamics of easy application, made in computer design programs based on maps and remote sensing images of lived space of the student. These games include puzzles, memory games, board game and two different versions of dominoes.These materials have like a didactic strategy the appreciation of the place, once that the environmental education primes the building values and rethink of attitudes that are firstly materialized on the place.In the area of Environmental Education and School Cartography, games contribute to the process of teaching and learning of children and cease to be objects of entertainment – if they are formulated with specific goals and intentions quite clear and direct. In formal and non formal learning, the game stimulates the learning because it can arouse curiosity and a effort natural to in challenges. The game is a material that when properly prepared and applied, can call the students attention because of the novelty, the different, and so to arouse interesting in learning an way unnoticed, contributing to the teaching-learning, is to introduce and/or reinforce a point, or to evaluate the content already worked. The game, for be a facilitator of knowledge, can be applied in education, not as the only means of learning, but as a support, can develop in children the desire to learn, and take them to the questions and developing their critical and aggregate knowledge. This construction often occurs naturally, without the child has seen this assimilation, which makes learning more enjoyable and intense, especially with content difficult to understand for the child. A very important concept is the notion of perspective, which passes to retain the objects position allowing a topological relation and the notion of scale, which requires a degree of understanding and abstraction of the child. Its use in geography in the classroom, for be allowing an interaction with the subject and object, has been meeting with the proposals of the NCPs (National Curricular Parameters), especially at the moment when the authors discuss about the construction of cartographic language on the students, they should consider their references to locate and guide them self, to create ideias of distance, direction and guidance. The games shown work with some fundamental concepts for the interpretation and reading of geographical maps, such as memorization, interpretation of features and notions of location and scale, among others. When then got the content of geographical maps, the children are taken to discuss environmental changes, balance of systems, temporal succession and other issues important to the practice of A.E. (Ambiental Education). Thus, the games discussed herein may contribute to the process of an environmental awareness in students and for transform their behavior because they allow an interaction with the subject and object that comes from meeting with the proposals of the NCPs. When we think of the playful aspect of education (formal or informal), we find that it is still a challenge to be trod. These aspects should be developed and/or worked with care, an way that can contribute to the process of teachings an learning of children, especially when it is aimed work some school content, or while within the school environmental. Thus, the activity that would be designed to contribute to the learning can become a material that evokes a very negative competition, or merely a recreation activity (the play by play). The competition during the game should be a healthy and natural activity of human being, in which the student seeks to overcome its challenges solely. The aim of the workshop is to present some potentialites of these materials and contribute with guidelines and suggestion of the game (made for the City of Ourinhos/SP) that can be used as examples for the preparation of these materials for the educational use in other regions. It is necessary that the educator when using this method have contact with these discussions and the materials made to encourage them and guide them; since application of the game should be moderate, in others words, the educator can not interfere strongly during the game, but as a guide for the activity does not lose its playfulness. The teacher will have key role in the preparation and evaluation in the end of the game. The goal should be planned and shown prior for the student in order to excite it. It should be clear that the goal of the game (find the same pair of dominoes, for example) is different goal from that activity (interpretation of satellite images) and not only win, but the intention of working some content, as the game itself is not an education material, but surely its dynamics that will depend almost exclusively from the teacher. The educator must have clear all the stages of the game that fits the before, during and after activity.
KeywordsGeographical Games, Teaching of Geosciences, Environmental Education, Literacy Cartographic.
ResumoEsta oficina traz propostas de jogos para o ensino de Geociências/Geografia elaborados com dinâmicas atrativas de fácil aplicação, confeccionados em programas computacionais de desenho tendo como base mapas e imagens de sensoriamento remoto do espaço vivido do aluno. Estes jogos incluem: quebra-cabeças, jogo da memória, jogo de tabuleiro e duas diferentes versões de dominós. Estes materiais tem como estratégia didática a valorização do lugar, uma vez que a educação ambiental prima pela construção de valores e um repensar nas atitudes que são primeiramente materializadas no lugar. Na área da Cartografia Escolar e Educação Ambiental, os jogos contribuem para o processo de ensino-aprendizagem da criança e deixam de ser objetos de entretenimento – caso sejam formulados com intencionalidade e objetivos específicos bastantes claros e diretos. Na educação formal e não formal, o jogo estimula o aprendizado porque pode aguçar a curiosidade e um esforço natural de vencer desafios. O jogo é um material, que quando bem elaborado e aplicado, pode chamar a atenção do aluno pelo fato da novidade, do diferente, e assim desperta o interesse pelo aprender de forma despercebida, colaborando para o processo de ensino-aprendizagem, seja para introduzir e/ou reforçar um assunto, ou para avaliar o conteúdo já trabalhado. O jogo, por ser um facilitador do conhecimento, pode ser aplicado na educação, não como único meio de aprendizagem, mas como um suporte, podendo desenvolver na criança a vontade de aprender, e a levá-la a questionamentos o desenvolvendo sua criticidade e agregar conhecimento. Esta construção se dá muitas vezes de forma natural, sem que a criança perceba essa assimilação, o que torna o aprendizado mais intenso e prazeroso, principalmente com conteúdos de difícil compreensão para a criança. Um conceito bastante importante é a noção de perspectiva, que passa a conservar a posição dos objetos permitindo fazer uma relação topológica, e a noção de escala, que exige um grau de compreensão e abstração maior da criança. Seu uso na Geografia, em sala de aula, por permitir uma interação com o sujeito e objeto, vem de encontro com as propostas dos PCNs, principalmente no momento em que os autores discutem sobre a construção da linguagem cartográfica nos alunos, que devem considerar seus referenciais para se localizar e orientar, para criar ideias de distância, direção e orientação. Os jogos apresentados trabalham com alguns conceitos fundamentais para a interpretação e leitura de mapas geográficos, como a memorização, a interpretação de feições e noções de localização e escala, entre outras. Quando se apropriam do conteúdo geográfico dos mapas, as crianças são levadas a discutir mudanças ambientais, equilíbrio de sistemas, sucessão temporal e outros temas importantes na prática da EA. Desta forma, os jogos aqui discutidos podem contribuir para o processo de valorização de uma consciência ambiental nos alunos e para a transformação de seus comportamentos, pois permitem uma interação com o sujeito e objeto que vem de encontro com as propostas dos PCNs. Quando pensamos no aspecto lúdico da educação (formal ou não formal), verificamos que ainda é um desafio a ser trilhado. Estes aspectos devem ser desenvolvidos e/ou trabalhados com cautela, de forma a contribuir para o processo de ensino aprendizagem da criança, principalmente quando visar trabalhar algum conteúdo escolar, ou quando dentro do ambiente da escola. Com isso, a atividade que seria planejada para contribuir para o aprendizado pode se tornar um material que desperte uma competição extremamente negativa, ou meramente uma atividade recreativa (o jogo pelo jogo). A competição durante o jogo deve ser uma atividade sadia e natural do ser humano, em que o aluno busque tão somente superar seus desafios. O objetivo da Oficina é apresentar algumas potencialidades destes materiais e contribuir com orientações e sugestões dos jogos (confeccionados para o município de Ourinhos/SP) que podem ser usados como exemplos para a elaboração desses materiais para uso pedagógico em outras regiões. Faz-se necessário que o educador, ao usar este método tenha contato com essas discussões e com os materiais confeccionados para estimulá-los e orientá-los, visto que a aplicação do jogo deve ser moderada, ou seja, o educador não pode interferir intensamente durante o jogo, mas sim ser um guia para que a atividade não perca seu caráter lúdico. O professor terá papel fundamental na preparação e avaliação final do jogo. O objetivo do jogo deve ser planejado e passado antes para o aluno a fim de entusiasmá-lo. Deve-se deixar claro que o objetivo do jogo (encontrar os pares iguais do dominó, por exemplo) é diferente do objetivo da atividade (interpretação de imagens de satélite), não sendo apenas a vitória, mas sim a intencionalidade de trabalhar algum conteúdo, visto que o jogo em si não é um material pedagógico, mas sim sua dinâmica que dependerá quase que exclusivamente do professor. O educador deve ter claro todas as etapas do jogo em que se enquadra o antes, durante e pós-atividade.
Palavras-chaveJogos Geográficos, Ensino de Geociências, Educação Ambiental, Alfabetização Cartográfica.
Público alvoProfessores e estudantes de Licenciatura
Tipo de atividade[1] Primeira Parte - Teórica: Contribuições de Jogos para o Ensino de Geociências
Segunda Parte - prática: Apresentação dos Jogos, e orientação para a aplicação no ensino
Figura 01: Jogo da Memória
Fonte: Google Earth©
Figura 02: Quebra-cabeça
Fonte: Breda, 2010
Figura 03: Dominó I
Fonte: Breda, 2010
Figura 04: Dominó II
Fonte: Breda, 2010
Figura 05: Jogo “Conhecendo o Parque Ecológico” - tabuleiro
Fonte: Breda, 2010
Figura 06: Jogo “Conhecendo o Parque Ecológico” - cartas
Fonte: Breda, 2010
[1] Materiais disponíveis para visualização