FUNGICIDAS PROTETORES NOCONTROLE DE MANCHAS FOLIARES NACULTURADO TRIGO

DEBASTIANI, Márcio¹ MIGNONI, Matheus¹ ERIN, Éder S.¹ RESTELATTO,Leonardo F.¹ ROSA, Maurício¹ CAMILLO, MaristelaF.² KARPINSKI,LuiseteA.² IVEIRA,Franciele² XTO, Paloma, A.² TREVIZAN, Katia² IPPERT, RosangelaM.² MEIRELES,RonaldoB.³

¹ Discentesdocursodeagronomia,NívelVIII2016/2–FaculdadesIDEAU–GetúlioVargas/RS

² Docentesdocursodeagronomia,NívelVIII2016/2–FaculdadesIDEAU–GetúlioVargas/RS

³ Coordenadordocursodeagronomia,NívelVIII2016/2–FaculdadesIDEAU–GetúlioVargas/RS

RESUMO: Commuitareferência global,otrigoéosegundocerealmaisproduzido nomundo,oqualtem extremaimportâncianaalimentação humanaeanimal,ecomosíndicesdecrescimento populacional aumentando,proporcionaaeste cerealumamaiordemanda.Entreosfatoresque limitamaproduçãoequalidade dogrãodestacamosas condiçõesclimáticas,as quaissãoextremamenteimportantespara que diversospatógenos seestabeleçamnaplanta.Asmanchasfoliaresnosúltimosanosvemsendoumadasprincipaisdoençasna cultura,emqueoscontroles químicosnãoestãosendo eficientesosuficiente paragarantir bonsníveis de controle.Paraisso,atravésdaelevadapesquisaeestudosemcimadeagroquímicos nocontrolededoenças surgiramno mercadoos fungicidasprotetores.Paraa culturadotrigoaindanãoteveregistro,porémhá posicionamento por parte das empresas que os fabricam em controle de manchas foliares, com isso o experimento foiconduzidoporseistratamentos, osquaissãomisturasentrefungicidasbastanteutilizadosna culturacomoauxiliodosmultissítios(protetores), ousomenteosprotetores,comotambémumatestemunha. Apósas aplicaçõesforamavaliadosas trêsfolhas superioresda planta,totalizandoquatroavaliações,sendofeito acontagem demanchascomotambém aidentificação dasmesmas.Quantoàsavaliações deidentificação de manchasfoliaresfoiencontradoBipolarissorokiniana,Drechslerasiccans,D.tritici-repentis eStagnosporanodorum,compredomíniodaD.tritici-repentis. Nasavaliaçõesdaeficiênciadocontrolequímiconotou-seque todosos tratamentosemrelaçãoàtestemunhaforam mais eficientes,enacomparaçãoentreelesnãohouvetanta

diferençaestatística,portantoteveumbomincrementonaeficiênciadecontroleostratamentos queobtiveram protetoresnasaplicações,sandoqueo ano foifavorávelparao desenvolvimentodasculturasdeinverno.

Palavras-chave:Protetores,manchasfoliares,eficiência.

ABSTRACT: Withmuchglobal reference,wheat isthesecondmostproduced cerealintheworld,whichis extremelyimportantinhumanandanimal feeding,withpopulationgrowthratesincreasing,isneededto produce morefood in thesameland.There isalimitationonwheatproductionthatisthequality ofthegrainaffected by severalfactors.Isveryimportanttointegratetotheproduction system allthenecessarytechnology toprovide betterquality.Themainfactorthataffectthequality ofwheatcropsareclimaterelatedthatcanholdupfor diseases,thatdecreasetheproductiontoo.Inthelastfewyearstheefficiencyofchemicalcontroltodefeat Fungalleafspotisdecreasingapace,andthepathogens aremoreaggressive. Thenhighresearchandscientists startedtoworkinwaytousemulti-sitefungicides, thatarelargelyusedinotherculturestroughtheyearsand nowadaysareofficiallyregisteredtouseinsoycrops.Thustheexperimentwasconducted with sixtraits,which aremixturesofcommerciallyregisteredfungicidesforwheatassociated with multi-sitefungicides,themulti-site fungicideonlyandawitnesswithouttreatmentforfungaldiseases.Wereanalyzedthethreehigherleaves,and the sports were evaluated quantitativelyand qualitatively. Were found Bipolaris sorokiniana, Drechslerasiccans, D.tritici-repentisand Stagnospora nodorum with prevalence of D.tritici-repentis. Comparing the efficiencyofthechemicalcontrolallthetraitsweremoreefficientthanthewitnessbutthetwodifferent chemicaltraitshas no statisticaldifference.

Keywords:Protectors,Leafspot,efficiency.

1 INTRODUÇÃO

Otrigoé osegundo cerealmaisproduzidonomundo,commuitareferência global.No BrasileleécultivadonasregiõesSul,Sudesde e Centro-Oeste,portantoascondições climáticasdesfavorecema cultura.Neste contexto,estima-se umaumentode 1,31% do consumode trigopor ano,oque ainda se acredita na possibilidade doBrasilreduzira taxa de importação,uma vezque osetorveminvestindona autossuficiência daproduçãointerna (MAPA, 2012).

Estecerealéumafonterica emnutrientes,em que seusderivadossãocompostosde carboidratos,vitamina B,proteínas, zincoe fibra alimentar, estandoassimpresentena alimentaçãohumana eanimal. Para isso,conformeosíndicesdecrescimentopopulacional estão evoluindo, o consumodo cerealtambémvemse elevandoconstantemente, comisso a necessidade da produçãodesse alimentoproporciona uma pretensãode futurosinvestimentos na cultura(MARQUES, 2012).

No setor doconsumo animal, o milho é o cereal mais importante, em queaqualidadee ofatornutricionalelevamodesempenho dacultura medianteseu consumona alimentação animal.Porém,há umdescompassoporparte da produçãodomilho,emque devidoqualquer falha deprodução ou pelo o aumento do queoconsomepodeacarretar umdéficitdaprodução frenteàdemanda (KRAHL, 2014).

Devidoaosepisódiosdefaltademilhonomercado,para oconsumoanimal,surgiu entãoemgrandedemanda a necessidade daproduçãodotrigoemsubstituiçãoaocerealmais importante dosetor.Sendoassim,a qualidade dogrãodestinadoàalimentaçãoanimalnem sempre édamesmaqualidadedoprocessamentoindustrial,masofatorpreçoaliadoa composiçãonutricional,podetornarsimoempregodotrigoconsideradodeboaqualidade paraestesetor (KRAHL,2014).

A produçãodotrigoé limitada por diversos fatores,noentantooque vemsendoo principalproblemanosúltimosanospara osprodutoresdeste cerealsãoasoscilações climáticas,quepodem destruircompletamenteaslavouras,ouservirentãocomoporta de entradapara diversospatógenoscausadoresde doenças,peloexcessodeumidade.Assim,a cultura temcomoprincipaisdoençasde parteaérea:oídios,manchasfoliares,ferrugemda folhaedo colmo,giberelaebrusone(CUNHAet al., 2016)

Umadasalternativasdecontrolededoençassãoostratamentosfúngicosdaparte aérea,sendoque asmisturassãomaissegurasdoque aplicadosisoladamente. Porém,nem sempreotratamentofúngicoécapazdecontrolarasdoenças,principalmenteasqueatingem os órgãos reprodutivos (CUNHA et al., 2016).

Para ocontrolededoençasdeculturasanuais surgemnomercadoconstantemente diversosprodutosqueauxiliamemminimizar essesproblemas,portantoatecnologiade aplicação ou a má empregação dos produtos fazem com que pouco durem no mercado agrícola,perdendosua eficiência rapidamente. Destamaneira,umnovofungicida protetor, de açãomultissitiovemsendoapontadoporpesquisadorescomoalternativapara reduziro problemaderesistência de fungos (HORTAALBUQUERQUE, 2015).

Essesprotetores de açãomultissítiosãoindicadospara lavouras desoja,milhoe algodãonocombate a fungosque criaramresistência a controle nocampoemdecorrência ao usoindiscriminadode fungicidassistêmicos, semrotaçãode princípioativo.O chamado multissítioquerdizerqueofungicidaatuanofungoemdiferentesformas,aocontrárioda ação dos triazóis e estrobilurinas(HORTAALBUQUERQUE, 2015).

Pelaboaeficiêncianocontroledealgumasdoenças,osprotetoresvemganhando espaçonomercado,e apesar domancozebnãoser umprincipioativotão novonomercado,e simmuitoutilizadonopassadonalinha de Hortifruti,mostrounasúltimassafrasgrande significância nomercadodosagroquímicosparaculturasde grande expressão, comoa soja. Destamaneira,dentrodestafamíliadeprotetoreshouveumaevoluçãocontínua,emqueno

mesmo produto quecontém mancozeb deação protetora, foi incrementadoo grupo das estrobilurinas, que fortalecea ação do fungicidano controle dedoenças (UPL, 2016).

Apesardaevoluçãogenéticaempesquisanaculturadotrigoaindanãofoiobtido cultivaresresistentesatodasasdoenças,noentantosevêumamaiordificuldadenocontrole demanchasfoliares,giberelaebrusone.Jáasmanchasfoliares,desdeoanode2006houve reclamaçãoporpartedosprodutoresemtereficientenocontrole,emqueháanecessidadede se chegar aum controlede80%, coisa quenão vem sendo atingido após oano de2006.Os principais fungos que desenvolvem manchas foliares na cultura do trigo são Bipolarissorokiniana, Drechslera siccans, D.tritici-repentis e Stagnospora nodorum (REIS et al.,

2015).

O controle químico temsidomenoseficiente nasdoençasda cultura dotrigonos últimosanos,onde apontamresistênciaporparte dosfungosaostriazóis,triadimenoleas estrobilurinas.Comisso, oobjetivo éobterumcontroledasmanchasfoliares80%,epara issoutilizarmisturas pré-fabricadasdefungicidastriazóis+estrobilurinasnasdoses recomendadascomousodoóleo é uma alternativa. Por outrolado,oincrementode propiconazolouepoxiconazola essaspré-misturasvemaumentadoà eficiênciadocontrole.E embora semregistro para a cultura dotrigo,ousoda iprodiona e domancozebe (fungicida protetor)vemtambémalcançandoresultadosexpressivosnocontrolede manchasfoliares (REISetal.,2015).Estetrabalhotemporobjetivoavaliaronívelde controlede manchas foliaresnacultura dotrigocomousode fungicidasprotetoresdeaçãomultissítioisoladosou em misturas.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido na área experimental do Instituto de Desenvolvimento

EducacionaldoAltoUruguai(IDEAU),CampusIII,GetúlioVargas/RS,27o53’39.87”Se

52o12’30.85”O,com 620mde altitude.

Oestudofoiconduzido emumdelineamentointeiramentecasualisado,comquatro repetições,sendoquecadatratamentotevedimensãodeáreade80m²,ecadarepetição4mx

5m,totalizando20m² cada.Oexperimentofoiconduzidopor6tratamentos,cadatratamento recebeudiferentescontrolesquímicosparaocontroledemanchasfoliares,emquetodos foramaplicadosnosmesmosdias e nasmesmascondiçõesclimáticas,sendoa 1ªaplicação60 diasapósasemeadura,nodia27deagostode2016,jáa2ªfoirealizadanodia10de

setembrode2016,a 3ªnodia 24de setembrode2016ea 4ªnodia10deoutubro de2016, todascom15diasde intervalo,conforme recomendaçãodosfungicidas.Afigura 1,abaixo, ilustraa área experimental com seu delineamento para condução dos tratamentos e avaliações.

Figura1-Delineamento da área experimental,campusIII. Foto: RESTELATTO,L. F. 2016.

Aárearecebeutodosostratosdedessecaçãoantesdasemeadura,aqualfoirealizada naprimeirasemanadejulho,emsistemadeplantiodireto.AcultivaremestudofoiaJadeite

11daORSementes,utilizando-se160kg ha-1desementesparaaobtençãodepopulaçãofinal

de350plantas/m².Paraaadubaçãodebaseforamutilizados350kgha-1dafórmula12.30.18, e emcobertura,fez-seaplicaçãode nitrogênionoiníciodoafilhamentoenoiníciode alongamento,emqueasduasaplicações receberam150kgha-1de Ureiaa 45% de N cada. Após a emergência e oiníciodoafilhamentofoi realizadoocontrole de plantas daninhas com pyroxsulam.

Atabela1-Composiçãodecadaumdostratamentoscomosdiferentescontroles químicos.

TRATAMENTOS 1ªAPLICAÇÃO 2ªAPLICAÇÃO 3ªAPLICAÇÃO 4ªAPLICAÇÃO

1,5Kg ha-1:azoxistrobina

+mancozebe

T1 500mlha-1:propiconazol

400mlha-1:adjuvante

1,5Kg ha-1:azoxistrobina

+mancozebe

500mlha-1:propiconazol

400mlha-1:adjuvante

1,5Kg ha-1:azoxistrobina

+mancozebe

500mlha-1:tebuconazol

400mlha-1:adjuvante

1,5Kg ha-1:azoxistrobina

+mancozebe

500mlha-1:tebuconazol

400mlha-1:adjuvante

600mlha-1:

600mlha-1:

400mlha-1:piraclostrobina

400mlha-1:piraclostrobina

Os tratamentostiveramcomobase a recomendaçãodos agroquímicosconformea empresa fabricante,sendooT1comotratamentopadrãonousode protetoresem posicionamento,pornãoter registronaculturadotrigo,eorestantediversificadoscontroles comuminvestimento padrão produtor, comotambémuma testemunha semnenhumcontrole químico.

Asaplicaçõesforamrealizadascompulverizadorcostal,propelidoaCO2,barracom

1,5mdelargura,comtrêsbicostipocone(TEEJET)distantes40cm,volumedecaldade150

L.ha-1,epressãode 40 libras.pol-2, evelocidadede caminhamento de 2 m.s-1. Após asaplicaçõesfoi realizada atríplicelavagemdos equipamentoscom água.

Asavaliaçõesdemanchasfoliaresforaminiciadasapartirdaterceiraaplicaçãonodia

24desetembro,apartirdessadatafoirealizadaoutrastrêsavaliações,aos7,14e21diasapós a primeira,conseguindoassimobservardetalhadamente cadaaplicaçãoeocontrolede cada tratamentoquímiconomomentode maiorpressãodemanchasfoliaresnasafra 15/16 na culturado trigo.

Para ametodologiaempregadaparaaidentificaçãodemanchasfoliaresfoiutilizado comoauxiliooManualdeIdentificaçãodeDoençasdeTrigo–Embrapa(SANTANA,etal.,

2012).

Quantoasavaliaçõesfoiadotadoaanálisede5plantasdecadarepetição,ouseja,20 de cada tratamento,coletadasnocentrode cadaparcela,eliminandoa bordadura. Para cada plantafoicoletadoastrêsfolhassuperiores,afolha bandeira,folhabandeira-1efolha bandeira-2para avaliaçãode identificaçãoe contagemde manchasfoliares.Comoauxiliona contagemdasmanchasfoliaresfoiutilizadoo Protocolopara Avaliaçãode DoençasdeTrigo (GUTERRES,2009).Oprotocolo utilizado nas avaliações é ilustrado na figura2, abaixo.

Figura 2: Protocolo para Avaliação de Doenças do Trigo – Manchas Foliares. Fonte: GUTERRES, C. W., 2009.

Os resultados foram submetidos à análise de variância e quando significativo as médias foram comparadospelo teste deTukeya5%deprobabilidadedeerro.

3 RESULTADOSE ANÁLISES

Emtodasasavaliaçõesde manchasfoliaresnastrêsfolhassuperioresfoifeitoa identificaçãodasmesmas,oque constatoupresença dediversasmanchas,comoBipolarissorokiniana,Drechslerasiccans,D.tritici-repentise Stagnosporanodorum,compredomínio daD.tritici-repentis(manchaamarela)queestevepresenteemquasetodasasavaliações, como ilustaa figura3 (Figura3A, 3Be3C).

A B C

Figuras3-Drechsleratritici-repentis(A),Bipolarissorokiniana(B)eStagnosporanodorum

(C). Foto:,L. F., Getúlio Vargas, 2016.

AFigura4mostraaprimeiraavaliação,ilustrandoaporcentagemdemanchasfoliares nas três folhas superiores(B,B-1 eB-2) de cadatratamento.

NS

Figura4-Porcentagemdemanchasfoliaresemseusrespectivostratamentos–NS:Não significativo

Esta avaliação foi realizada após duas aplicações de fungicidas, no entanto, estatisticamentenão houvediferençasignificativaentresi,com CV%=35.83.

Analisandoa folha bandeira,B-1eB-2nota-se que nostratamentosquereceberamo protetor nasaplicações anterioresàavaliaçãoobtiverammelhoresresultadosnocontrole de manchassobre ostratamentosT2 eTestemunha,porémcomalgumasexceções,masbastante insignificativas.

Jáasegundaavaliaçãofoirealizada7diasapósaprimeira,ondeaterceiraaplicação de fungicida jáhavia sidorealizada.À figura 5ilustra osdadosde porcentagemde manchas foliares nos respectivos tratamentos das três folhas superiores.

Figura5-Porcentagem de manchasfoliaresem seus respectivos tratamentos

Nestaavaliaçãohouvediferençaestatísiticanocontroledasmanchastantopara os tratamentos como nas diferentes folhas.

Comaanálisedestes dadosmostra quenovamenteostratamentosquereceberam fungicidassesobressaíramquandocomparadosàtestemunha,e afolha bandeiranovamente maissadia emrelaçãoaB-1e B-2,excetonoT4onde a B-1apresentoumenor índice de manchas, porém o valoré insignificante.

Nafolhabandeiranãohouvediferençasiginicativade controle,sendo oT5com menosíndice de manchas,jána B-1houve diferença estatística,e emtodasasaplicaçõesque haviaofungicidaprotetornacaldaobtevemelhoresresultadosdecontroleemcomparaçãoao

T2e a Testemunha.NaB-2tambémfoiapresentado diferença entre ostratamentose os melhoresnaeficiência de controleforamosquereceberamoprotetorcomotratamento,em destaque oT4emquena segundaaplicaçãonãohavia recebidoomancozebe naterceira aplicação recebeu, incrementando boa eficiênciade controle.

Setediasapósa segunda avaliação,antecedendoa quartae última aplicaçãofoi realizada a terceira avaliação,a quala figura 6relata osdadosobtidosquandoaporcentagem demanchasfoliaresem cada folhaem estudo nos respectivos tratamentos.

Figura6-Porcentagem de manchasfoliaresem seus respectivos tratamentos

Naterceira avaliaçãoresultoutambémdediferençaestatísticaentretratamentose folhas. Nota-senovamentequeostratamentosquereceberamfungicidasobtiverammaior eficiência quandocomparadosà testemunhanocontrole dasmanchas.Emanálise dasfolhas, quantomaissuperior,maior foiàeficiênciadocontrole químico, excetoo T2 emqueafolha B-1 obtevemenoríndicedemanchasem relação àfolha bandeira(B).

Para a folha bandeira não houve diferença significativa entre os tratamentos, no entantotodosostratamentosque receberamoprotetor nasaplicaçõeselevarama eficiênciano controle,emdestaqueoT5 ondeapenasrecebeuomancozeb,semmisturascomoutros fungicidas na calda. Já a folha B-1 também não resultou em diferença estatística, mas

percebeu-seummelhorresultadodecontrolenotratamentosemapresençadeprotetores (T2),a qualapresentoumenor índice de manchascomparandoa folha bandeira.NaB-2foi ondehouvemaioresdiferençasestatísticascom destaque paraoT5,queobteve boaeficiência nocontrolecom6,75%deincidênciademanchasfoliares,ondeatestemunhaultrapassouo

50%deincidência.

Aossetediasapósaúltimaavaliaçãoeúltimaaplicaçãodostratamentosfoirealizada a quarta avaliaçãocomosmesmosprocedimentosdasavaliaçõesanteriores,emque a figura 7 relata a porcentagem de manchas foliares das três folhas superiores nos respectivos tratamentos em estudo.

Figura7: Porcentagemdemanchasfoliaresem seus respectivos tratamentos

Nestaavaliaçãoosdadosilustramalgumasdiferençassignificativasentre folhase tratamentos. Todos os tratamentos relacionados à testemunha no final desta avaliação observouumaeficiência significativanocontroledasmanchasfoliaresindependente do fungicidaaplicado,comexceçãodafolhabandeiraemquenãohouvediferençaestatística entre ostratamentos,porémhá umcontrole maiseficientenotratamentoT1,oqualerao tratamento padrão da empresados protetores.

Para a avaliaçãoda folha B-1é insignificanteadiferença entre ostratamentoscom fungicidas,masemrelaçãoà testemunha se concretizouuma boaeficiência nocontrole, e novamenteo T1 com menoríndicedemanchas seguido dos protetores intercalados nas aplicações como o T4 eT6.

Na terceirafolha (B-2)avaliadaocorreuomesmoque nafolhasuperior,havendo apenasdiferença significativa emrelaçãodostratamentoscomfungicidassobre a testemunha que chegoua88%de deteriorização,enquantoque nostratamentoscomfungicidasfoi menos que a metade destevalor,e osquatrotratamentosquese destacarampara estafolha foramos que receberam protetoresnas aplicações.

4 CONCLUSÃO

Nasavaliaçõesentreostratamentoseasfolhasemestudonotou-seque emtodasas avaliaçõesostratamentoscomfungicidasse sebressaíramquandocomparadoscoma testemunha,mesmoentre elesnãohavendodiferençaestatísticaemtodasasavaliações,teve comodescaque na eficiência decontrole químico de manchasfoliaresostratamentosque receberam nas aplicaçõesos fungicidas protetores.

Aeficiênciadessesprotetoresnocontrole dasmanchasfoliarespode ser concretizada por umanodebaixoíndice pluviométrico, ouseja,umanofavorávelparaodesenvolvimento dasculturasdeinverno,oqualpermaneceunafolha sendomaiseficientequandocomparado aos demais.

5 REFERÊNCIAS

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GUTERRES,C.W.,ProtocoloparaAvaliaçãodeDoençasdeTrigo–ManchasFoliares. Cruz Alta – RS. 2009.

HORTA,AALBURQUERQUE,L.Umnovofungicidaprotetor,deaçãomultissitio vemsendoapontadoporpesquisadorescomoalternativaparareduziroproblemade resistência de fungos. Notícias agrícolas. 2015. Disponível em: produtos-no-controle-de-doencas-em-culturas-como-soja-milho-e-algodao.html#.V- E30_krLIU.Acesso em:20 desetembro de2016.

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MARQUES,J.A importância do trigo para a economia brasileira. 2012. GGN–O jornal de todososbrasis.Disponívelem: trigo-para-a-economia-brasileira. Acesso em: 20 desetembro de2016.

REIS,E.M;ZOLDAN,S.M.GERMANDO, B.Evoluçãodas estratégiasparao manejo químico de denças do trigo. OR Melhoramento desementes Ltda. PassoFundo/RS. 2015.

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